Hiago Rodrigues Reis de Queirós
Quem está em destaque na literatura brasileira contemporânea é este jovem e talentoso escritor, nascido em São Paulo, em 13 de outubro de 1989, cresceu em Ponta Grossa, no interior do Estado do Paraná, onde passou a adolescência, e morou até 2008. Atualmente vive na capital Paulista. Além de escrever, é administrador do site para escritores: O Literático, e organizador da comunidade poética: Poesistas.
Conhecido por muitos como o prodígio literário, que publicou seu primeiro livro aos 13 anos, Hiago é tido como uma obra de arte em si, por seu jeito provocativo de ser, com uma personalidade forte que gera discussões à mínima conversa, mostrando ser um poeta em essência, ou seja: se prosa ficção, é para revelar a poeticiadade dos fatos e dos atos que compõem o existir humano, enquanto propriamente nos versos, em experimentalismo, esbanja em dramatismos.
Suas personagens homens são podres, variantes entre mendigos, assassinos, traidores, loucos, mentirosos, ou somente pessoas comuns que tem algo incomum a apresentar, sempre de forma lúcida e totalmente desapaixonada da vida. Este autor não se mostra entusiasta daquele tom kantiano de "essencialmente bom" densiando sua prosa deliberadamente, interrogando o leitor a cada instante sobre o tom de cada passagem.
Suas personagens mulheres são fortes, independentes, e não só maternais, das que amam incondicionalmente e por isso sofrem, mas sim criaturas inteligentes, nunca ingenuas, sempre conscientes de seus interesses.
Suas personagens crianças nunca são inocentes, porque, segundo o autor: "a palavra: criança não rima, nos dias de hoje, com a palavra: esperança, e nem sequer soadifica com a semelhante: inocência".
"... pretendo, com essa literatura, provocar perguntas, e não somente agradar com respostas sobre o existir humano... que é minha única matéria-prima."
Influenciado por escritores e dramaturgos como Franz Kafka, Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Marcel Proust, Samuel Beckett, Virginia Woolf, Clarice Lispector, Máximo Gorki, Leon Tolstói e Fiódor Dostoiévski o autor se arrisca a desvendar os enigmas da psique de suas personagens. Um mergulho nos seus silêncios e inconscientes e no que há de mais complexo na natureza humana, ora na primeira ora na segunda pessoa, usando então da tragédia de seus protagonistas para mostrar o drama da existência causado por eles mesmos, em autodestruição.
Em seu romance: Hotel da Miséria Humana, publicou o Manifesto Realtragista, o qual escrevera inicialmente, no dia 20 de março de 2006, apresentando o seu jeito de pensar o fazer artístico como uma forma de reflexão do ser humano sobre sua existência, mostrando que os resultados da alienação de uma vida agitada pela obrigação de sobreviver causa a tragédia real.
No fim do ano passado, o filme: No Canto do Silêncio foi apresentado, na festa de comemoração de mais um ano de literatura, em homenagem ao autor. Este filme tem a interpretação do próprio, que em seus registros pessoais, filmou suas `internações`, onde reclusa-se durante dias para reunir em um volume suas anotações. Recentemente, o filme entrou na net em 3 partes, que são as que estão ao lado.
Confira abaixo, em exclusividade, capa do vigésimo livro do autor, que será lançado em Portugal, ainda neste ano.
O poema da contra capa:
Nessa lágrima
rasgando meu rosto
falta você;
neste silêncio
devorando meus soluços
falta você;
nesta tristeza
refluxada em surdina,
nessa madrugada
apagada de mágoas;
nessa caminhada pela estrada
desilusiva da vida...
falta você
nestes braços desabraçados,
nestes lábios de dor rachados,
nestes olhos caídos... lagrimados...
falta você
na minha vida.